Battery used Battery charging

Chuveiros Neblina: Decadência Sustentável?

O uso de água e energia de um chuveiro neblina é tão baixo que a casa de banho pode ficar independente da rede, mesmo num contexto urbano.

Imagem: Kit de montagem de um chuveiro neblina. Jonas Görgen.
Imagem: Kit de montagem de um chuveiro neblina. Jonas Görgen.
View original image View dithered image

O duche diário seria algo difícil de manter num mundo sem combustíveis fósseis. O chuveiro neblina, uma tecnologia adequada mas esquecida que usa pouquíssima água e energia, poderia ser uma solução. O designer Jonas Göegen desenvolveu um kit faça você mesmo para converter qualquer chuveiro num chuveiro neblina e enviou-me um para experimentar.

A Pegada de Carbono do Duche Diário.

O duche não recebe muita atenção no contexto das alterações climáticas. No entanto, tal como aviões, carros e sistemas de aquecimento, o duche passou a ser uma forma muito esbanjadora e de uso intensivo de carbono de satisfazer uma necessidade básica: lavarmo-nos. Cada dia, muitos de nós despejam cerca de 70 litros de água quente sobre os nossos corpos para podermos ficar “limpos”.

Esta prática requer dois recursos escassos: água e energia. É dada mais atenção ao elevado consumo de água de um duche, mas o consumo de energia é igualmente problemático. A produção de água quente é responsável pelo segundo uso mais significativo de energia em muitas casas (sendo o primeiro o aquecimento) e grande parte é usada para tomar banho. O tratamento e distribuição de água também usam muita energia.

Em contraste com a energia usada para aquecimento, que tem diminuído nas últimas décadas, a energia usada para aquecer água em residências tem aumentado continuamente. Uma das razões é o aumento da duração e frequência dos duches e o uso de chuveiros cada vez mais potentes. Por exemplo, nos Países Baixos, de 1992 a 2016, a frequência do duche aumentou de 0,69 para 0,72 duches por dia, a duração do duche aumentou de 8 min 12 s para 8 min 54 s minutos e o fluxo médio de água aumentou de 7,5 para 8,6 litros por minuto. 1

Em muitas sociedades industriais, agora é comum tomar um duche pelo menos uma vez por dia.

No total, o neerlandês comum usou 50,2 litros de água por dia para tomar duches em 2016, em comparação com “apenas” 39,5 litros de água por dia em 1992. Esta é uma estimativa cautelosa: estes dados não incluem duches fora da casa, por exemplo, no ginásio. Estudos mostram que em muitas sociedades industriais, e especialmente entre pessoas mais jovens, agora é comum tomar banho pelo menos uma vez por dia. 234

O duche feito à mão original. Despejar um balde de água por cima do nós (ou de outra pessoa). Imagem de Daniel Julie (CC-BY-2.0)
O duche feito à mão original. Despejar um balde de água por cima do nós (ou de outra pessoa). Imagem de Daniel Julie (CC-BY-2.0)
View original image View dithered image

Usando os neerlandeses como exemplo, olhemos para o uso de energia e emissões de carbono de um duche quente diário. Aquecer 76,5 litros de água (8 min 54 s x 8,6 litros por minuto) de 18 para 38 graus Celsius (°C) requer 2,1 quilowatt-hora (kWh) de energia. Dependendo da fonte de energia (gás, eletricidade), a intensidade de carbono da rede elétrica (EUA/UE) ou a eficiência do esquentador (novo/antigo), as emissões de CO2 resultantes de um duche comum são de 0,462–0,921 kg. 5 Se compararmos estes valores com as emissões de carbono de um carro com um consumo de combustível relativamente eficiente (130 g CO2/km), as emissões de um duche típico equivalem a conduzir 3,5–7 km, e esse resultado ignora o custo de energia exigido pelo tratamento de água e distribuição.

As emissões de um duche típico equivalem a conduzir 3,5–7 km.

Em princípio, a energia para um duche pode ser gerada por fontes de energia renováveis. No entanto, se oito mil milhões de pessoas tomarem um duche diariamente, o uso total de energia por ano seria de 6132 terawatts-hora (TWh). Isso é oito vezes mais do que a energia produzida por todos os aerogeradores do mundo em 2017 (745 TWh). Todos os aerogeradores que existem atualmente poderiam fornecer um duche diário “sustentável” a apenas mil milhões de pessoas. Além disso, o uso de fontes de energia renováveis não diminui o uso de água do duche diário. Só para esclarecer, o uso de energia renovável faz parte da solução — termoacumuladores solares, biomassa, aerogeradores térmicos — mas também devemos olhar para a necessidade de nos lavarmos no mundo pós-carbono.

Chuveiros mais Potentes

Desde o início dos anos 90 que as cabeças de chuveiro de baixo caudal proporcionam uma maneira mais eficiente de usar água e energia. Elas usam entre quatro e nove litros de água por minuto, aproximadamente metade do caudal de uma cabeça de chuveiro normal (dez a quinze litros por minuto). Quase metade de todas as residências neerlandesas tinham um chuveiro de baixo caudal instalado em 2016 mas, como vimos, a taxa de fluxo do chuveiro médio desde os anos 90 tem vindo a aumentar, não a diminuir. 1

Um chuveiro de efeito chuva. Imagem: soak.com
Um chuveiro de efeito chuva. Imagem: soak.com
View original image View dithered image

Isto acontece porque outros neerlandeses substituíram os seus chuveiros por chuveiros de efeito chuva, estes têm um fluxo de água de cerca de 25 litros por minuto — o dobro de uma cabeça de chuveiro normal e o triplo de uma de baixo fluxo. Um duche de chuva de 8 min 54 s requer 222 litros de água e 6.3 kWh de energia para a aquecer. A pegada de carbono corresponde a conduzir entre 14,3 e 21,3 km.

A Vida antes dos Duches

Isto pode ser um choque para alguns leitores mais jovens, mas há cinquenta anos a maioria das pessoas nas sociedades industriais não tomava banho. Os chuveiros de parede, instalados sobre a banheira, generalizaram-se apenas nos anos 70, e as cabines de duche tornaram-se um acessório normal em novas casas apenas nos anos 80 e 90. 234 Antes da chegada do chuveiro, as pessoas tomavam um (ou alguns) banho (s) por semana, e a meio lavavam-se num alguidar ou selha usando um pano (o chamado banho de alguidar ou banho de esponja).

O uso semanal de água e energia de um duche diário supera rapidamente o uso de água e energia de um, dois, ou até 3 banhos semanais.

O duche é frequentemente recomendado como uma opção mais sustentável que o banho, porque é dito que este último usa mais água. No entanto, o uso semanal de água e energia de um duche diário supera rapidamente o uso de água e energia de um, dois, ou até três banhos semanais. [^ 2] O banho de esponja é ainda mais eficiente em termos de água e energia: aproximadamente dois litros de água são suficientes para ficar limpo, e a água pode até estar fria porque nem todo o corpo fica molhado ao mesmo tempo.

A tomar um banho de esponja. Manhã de verão (Summer Morning), Pintura de Carl Larsson, 1908
A tomar um banho de esponja. Manhã de verão (Summer Morning), Pintura de Carl Larsson, 1908
View original image View dithered image

Organizações ambientais, empresas de distribuição de água e municípios incentivam as pessoas nas sociedades industriais a tomar duches mais curtos, usar chuveiros de baixo fluxo e instalar caldeiras de água ou esquentadores com maior eficiência energética. Mas existem outros fatores que influenciam o uso de energia e/ou água que essas instituições não se atrevem a questionar: frequência dos duches, temperatura da água (“tomar um duche frio”) ou o ato de tomar banho — nunca é sugerido que um banho de esponja realmente possa ser suficiente. Claramente, o duche quente diário é hoje considerado não um luxo, mas sim uma necessidade básica.

Porque Tomamos Duches?

No entanto, um duche não lava apenas o corpo. Um chuveiro totalmente focado na limpeza do corpo — o chamado duche da Marinha — gasta muito pouco tempo, energia e água. Um duche da Marinha consiste num duche de trinta segundos para se molhar, ensaboar o corpo enquanto a água está desligada e termina com outro duche de trinta segundos para enxaguar a água com sabão.

Até à década de 1970, quartéis ou prisões usavam chuveiros apenas para lavar muitas pessoas num curto período de tempo. [^2] Imagem: O Duche no Regimento (La Douche au Régiment), Pintura de Eugène Chaperon, 1887.
Até à década de 1970, quartéis ou prisões usavam chuveiros apenas para lavar muitas pessoas num curto período de tempo. [^2] Imagem: O Duche no Regimento (La Douche au Régiment), Pintura de Eugène Chaperon, 1887.
View original image View dithered image

Admitindo um fluxo de água médio, um duche da Marinha (quente) usa apenas 8,3 litros de água e 0,2 kWh de energia. Um banho de esponja diário teria um uso ainda mais baixo de água e energia. Um banho quente de nove minutos por dia não é de forma alguma uma necessidade básica: é um prazer. Desde os anos 90, o banho diário tem sido retratado em anúncios como uma forma de relaxamento, alívio do stress e prazer sensual.24

Chuveiros Neblina

O uso do duche como uma forma de nos mimarmos parece ser incompatível com uma redução drástica do uso de água e energia. No entanto, existe uma tecnologia que pode fazer precisamente isto: o chuveiro neblina. Um chuveiro neblina vaporiza a água em gotas muito pequenas (menos de dez micrómetros), o que reduz bastante o fluxo de água. Buckminster Fuller inventou o primeiro em 1936 como parte da sua casa de banho Dymaxion (ele chamou-lhe “pistola de nevoeiro”). A ideia regressou na década de 1970 depois de várias provas e experiências com uso de água vaporizada para duches e lavagem de mãos.

À esquerda: Chuveiro neblina desenvolvido pela NASA. À direita: Chuveiro neblina desenvolvido pelo Canadian Minimum Housing Group. Ambos são da década de 1970. [^7]
À esquerda: Chuveiro neblina desenvolvido pela NASA. À direita: Chuveiro neblina desenvolvido pelo Canadian Minimum Housing Group. Ambos são da década de 1970. [^7]
View original image View dithered image

A NASA desenvolveu um chuveiro neblina com um bocal ligado a uma mangueira flexível e móvel que incorporava uma válvula de água controlada com o polegar. O consumo médio da água de um duche de nove minutos foi 2,2 litros, o que corresponde a um fluxo de água de apenas 0,24 litros por minuto. [^ 6] O Canadian Minimum Housing Group desenvolveu e testou vários chuveiros neblina e obteve uma taxa de fluxo de 0,33 litros de água por minuto. 6 Nos dois casos, testes de esfregaço de bactérias na pele mostraram que os chuveiros limpam o corpo tão bem como um duche “normal” com a mesma duração — usando trinta a quarenta vezes menos água.

Jonas Görgen desenvolveu um kit que converte quase qualquer chuveiro num chuveiro neblina.

Jonas Görgen, um jovem designer formado na Design Academy Eindhoven em 2019, ficou fascinado com a história do chuveiro neblina e decidiu construir um sozinho. Comparativamente aos chuveiros neblina anteriores, Görgen melhorou o conceito de duas formas importantes. Primeiro, ele desenvolveu um kit que pode transformar quase qualquer chuveiro num chuveiro neblina com muito pouco esforço. Segundo, em contraste com as experiências anteriores, o seu chuveiro neblina usa não um, mas três a seis bocais. Isto transforma um duche neblina numa experiência agradável que é tão confortável e revigorante como um duche “normal”.

Um chuveiro neblina de 6 bocais na casa de banho do designer Jonas Görgen. Imagem: Jonas Görgen.
Um chuveiro neblina de 6 bocais na casa de banho do designer Jonas Görgen. Imagem: Jonas Görgen.
View original image View dithered image

O kit que o Jonas me enviou tem seis bocais, alguns conectores e divisores, tubos de plástico flexível “Podem ser cortados a qualquer comprimento” e alguns pedaços de fio de cobre “Para prender e segurar os bocais corretamente”. Instalei um chuveiro neblina de cinco bocais em menos de 20 minutos e embora o resultado final não vá ganhar nenhum prémio de design (na verdade, o Jonas construiu um chuveiro neblina mais bonito para seu projeto final de curso) como projeto de bricolagem faça você mesmo é simplesmente brilhante.

Com cinco bocais, medi um fluxo de água de dois litros por minuto, o que é cinco vezes menor do que a minha cabeça de chuveiro agora obsoleta.

Na minha configuração, quatro dos bocais são fixos (um apontado para a cabeça, um para as costas e dois para as ancas), no entanto, o quinto é flexível e pode ser direcionado para onde seja necessário — como nas experiências da NASA. Utilizar mais do que um bocal aumenta o fluxo de água, mas a poupança de água permanece significativa.

Imagem: Detalhe de um chuveiro neblina.
Imagem: Detalhe de um chuveiro neblina.
View original image View dithered image

Com cinco bocais, medi um fluxo de água de dois litros por minuto, o que é cinco vezes menor do que a minha cabeça de chuveiro agora obsoleta (dez litros por minuto) e 12,5 vezes menos do que um chuveiro de tipo chuva. É pouco comum conseguir poupar tanto com tão pouco esforço. Sobre o seu chuveiro, Jonas diz “Nem tudo é um compromisso de conforto, como muitas vezes sugerem os estudos dos anos 70” e eu concordo plenamente. A diferença deve-se claramente ao facto de os chuveiros anteriores usarem apenas um bocal.

Poupança de Energia de um Chuveiro Neblina

A poupança de energia de um chuveiro neblina é menor do que a sua poupança de água. Isto porque este chuveiro requer água a temperaturas mais elevadas. O aumento da área da superfície da água reduz o seu consumo mas também faz com que o calor se dissipe mais rapidamente para o ar. Mesmo que a água saía da torneira à temperatura máxima (normalmente 60 °C, quente demais para o toque direto), quando é vaporizada, torna-se cada vez mais fria à medida que a nossa distância ao bocal vai aumentando. O truque é posicionar os bocais de tal forma que rodeiem o corpo a uma curta distância. Eu assim fiz com arames e alguma fita-cola mas há métodos mais elegantes.

A poupança de energia de um chuveiro neblina é menor do que a sua poupança de água.

Considero que uma temperatura da água de aproximadamente 50 °C é suficientemente confortável, mas um duche neblina no inverno pode necessitar de uma temperatura da água mais elevada. Portanto, assumamos o valor de 60 °C para calcular o uso de energia do meu chuveiro neblina de cinco bocais. A uma taxa de fluxo de dois litros por minuto um duche de 8 min 54 s consome 17,8 litros de água. Aquecer esse volume de água de 18 para 60 °C requer 1,04 kWh. Ou seja, metade da energia do duche comum nos Países Baixos (2,1 kWh) e seis vezes menos energia do que um chuveiro de tipo chuva (6,3 kWh).

Detalhes do chuveiro neblina faça você mesmo de Jonas Görgen.
Detalhes do chuveiro neblina faça você mesmo de Jonas Görgen.
View original image View dithered image

O uso de energia de um chuveiro neblina pode ser reduzido ao tomar um duche numa cabine, assim pode manter-se uma temperatura confortável com uma temperatura de água mais baixa. Outro truque para aumentar o conforto no inverno é regular a abertura do bocal para aumentar o tamanho das gotículas de água (o que diminui a área de superfície). Isto aumenta o consumo de água mas ajuda a manter a sua temperatura ao minimizar a dissipação de calor para o ar. Cabe a cada pessoa encontrar o equilíbrio entre poupar água ou energia, conforme as suas circunstâncias.

Um argumento comum contra as cabeças de chuveiro feitas para poupar água é o de que as pessoas compensam um menor fluxo de água com duches mais longos. Pode dizer-se o mesmo sobre chuveiros neblina porque o uso de água vaporizada aumenta o tempo necessário para enxaguar o corpo da água com sabão. No entanto, um duche neblina de 8 min 54 s dá-nos tempo de sobra para retirar todo o sabão e champô. Todas as pessoas que participaram nas experiências da NASA foram capazes de se lavar e enxaguar em menos de nove minutos, utilizando apenas um bocal e uma mangueira flexível. Lavar cabelo comprido é mais complicado mas também neste caso a solução passa por abrir um pouco mais os bocais, aumentando um pouco o fluxo da água.

Quantos Bocais Podemos Usar?

Um chuveiro neblina com cinco bocais poupa significativamente mais água e energia comparado com um chuveiro normal, sem sacrificar o conforto. No entanto, será que é suficientemente sustentável? Mesmo se oito mil milhões de pessoas usassem um chuveiro neblina, todos os aerogeradores do mundo só conseguiriam providenciar um duche quente diário a dois mil milhões de pessoas. Para além disso, comparando com o duche da Marinha de um minuto — que é suposto focar-se apenas na eficiência em vez do conforto — estes chuveiros gastam cinco vezes mais energia e duas vezes mais água. Portanto, vejamos o que acontece quando reduzimos o número de bocais, assumindo um duche de frequência e duração média.

Três bocais — com uma taxa de fluxo de mais ou menos um litro por minuto — são o mínimo para um duche quente confortável.

Penso que três bocais — com uma taxa de fluxo de mais ou menos um litro por minuto — são o mínimo para um duche quente confortável. Isto reduziria o uso de água de um chuveiro neblina de 8 min 54 s para 8,9 litros, o mesmo que um duche da Marinha de um minuto. Desta forma, quatro mil milhões de pessoas poderiam usufruir de duches quentes diários alimentados apenas por aerogeradores; o que significa que se reduzíssemos para metade a duração de um duche (de 8 min 54 s para 4 min 32 s) ou os tomássemos com menos frequência (dia sim dia não), a população mundial poderia ficar limpa e confortável utilizando apenas energia eólica.

Um bocal do meu chuveiro neblina.
Um bocal do meu chuveiro neblina.
View original image View dithered image

Se não tivermos em conta o conforto e simplesmente nos lavarmos gastando o mínimo de energia e água possível, podemos usar um chuveiro neblina com apenas um bocal; como se fazia nos anos 70. Usando apenas um bocal verifiquei que o fluxo de água foi de 0,3 litros por minuto. Sendo assim, um duche de 8 min e 54 s gastaria apenas 2,67 litros de água e 0,156 kWh de energia. O uso de recursos nesse caso corresponderia a um banho de esponja e seria significativamente mais baixo que um duche da Marinha. Desta forma todo os aerogeradores do mundo poderiam sustentar um duche neblina quente diário para 15 mil milhões de pessoas.

Se usarmos mais do que 15 bocais, o uso de energia de um duche neblina é superior a um duche convencional.

Inversamente, o uso de água e, especialmente, de energia de um chuveiro neblina aumenta rapidamente conforme se adicionam mais bocais. Com vinte bocais o uso de água ainda é inferior a um duche normal, seis a sete litros em vez de 8,3 litros por minuto; mas o uso de energia já é superior, 3,1 kWh em vez de 2,1 kWh. Com dez bocais — veja por exemplo o Chuveiro Nebia Spa — o uso de água permanece baixo, apenas três litros por minuto, e o uso de energia é 25% menor em comparação com um chuveiro normal. Os chuveiros neblina não são necessariamente produtos que consumam pouca energia, tudo depende de como os usamos.

Independente da Rede

Existe um problema com o uso de chuveiros neblina com um a três bocais: Os esquentadores modernos não se ligam com fluxos de água abaixo de um litro por minuto, o que significa que o duche seria de água fria. Este não é um problema sério — tecnicamente, é possível fazer esquentadores que se liguem com fluxos mais baixos — e oferece-nos outra possível vantagem do chuveiro neblina: O seu efeito na casa de banho.

Fiquei tão apegado ao meu chuveiro neblina que o levo comigo em viagens.
Fiquei tão apegado ao meu chuveiro neblina que o levo comigo em viagens.
View original image View dithered image

O chuveiro moderno não é um mecanismo independente. Está ligado a infraestruturas como a rede pública de abastecimento de água e saneamento, a rede elétrica e a rede de distribuição de gás. Por outro lado, embora um chuveiro neblina possa ser ligado a estas infraestruturas, também pode funcionar sem elas, reduzindo assim o uso de recursos.

Existe um problema com o uso de chuveiros neblina com um a três bocais: Os esquentadores modernos não se ligam com fluxos de água abaixo de um litro por minuto, o que significa que o duche seria de água fria.

Em primeiro lugar, uma transição para chuveiros neblina possibilitaria o uso de esquentadores mais pequenos e de baixa energia. Estes poderiam ser alimentados por sistemas locais de energia solar ou eólica mais pequenos e baratos do que os necessários para alimentar esquentadores convencionais. Com um chuveiro neblina minimal, podemos até questionar a necessidade de um esquentador. A quantidade de água é tão pequena (2,67 litros) que poderia ser aquecida ao lume — como nos velhos tempos.

Um duche neblina portátil dos anos 70, pressurizável com uma bomba de bicicleta. [^7]
Um duche neblina portátil dos anos 70, pressurizável com uma bomba de bicicleta. [^7]
View original image View dithered image

Em segundo lugar, o elevado uso de água de um chuveiro convencional obriga-o a estar ligado a um ralo para escoamento. Um chuveiro neblina usa muito menos água, isto permite tomar um duche desligado da rede e gerir localmente a água utilizada. Por exemplo, escoá-la na sanita, usá-la para regar plantas ou limpar pavimentos. Por último, o fornecimento de água na casa de banho não é estritamente necessário, podemos encher um pequeno contentor com água noutro local e levá-lo depois para a casa de banho.

As experiências feitas no Canadá nos anos 70 produziram um chuveiro neblina portátil. A água era armazenada num reservatório de água de limpa-vidros da Volkswagen ligado a uma bomba de bicicleta para criar pressão. 2,5 litros de água eram pressurizados com cerca de vinte usos repetidos da bomba. 6Resumidamente, se passarmos a usar chuveiros neblina, a infraestrutura que possibilitou o duche moderno pode ser minimizada e simplificada. Esta mudança na infraestrutura permitiria desligar a casa de banho das redes públicas e reduzir bastante o uso de água e energia. A mesma abordagem poderia ser usada na lavagem das mãos ou de loiça.

O chuveiro neblina do Jonas Görgen ainda não está à venda, mas pode informá-lo do seu interesse. Um chuveiro neblina esteve exposto durante a Dutch Design Week Eindhoven, 19–27 Out. 2019.

Por favor tenha em atenção que todos os chuveiros apresentam risco de doença dos legionários. As gotículas de água de um banho de neblina permanecem no ar por mais tempo, o que aumenta o risco de inalação. Portanto, é importante tomar medidas preventivas.

Reactions

To make a comment, please send an e-mail to solar (at) lowtechmagazine (dot) com. Your e-mail address is not used for other purposes, and will be deleted after the comment is published. If you don’t want your real name to be published, sign the e-mail with the name you want to appear.

Reactions
Mark

Looking at a) the length of the shower, b) the amount of water used, and c) the amount of energy used to heat the water…

I have found that I’m more inclined to take longer, hotter showers once it starts cooling off outside. Lingering in a hotter shower warms me.

It also dries my skin out terribly in the winter time, leading me to seek selfish methods for taking a shorter, cooler shower.

I’m also a bit paranoid about steam/condensation/moisture in my bathroom, and any detrimental effects on my home. (Mold, etc.)

The latter gives me some pause with a mist shower. The more the water is atomized, the more of it is staying in the air, settling on surfaces, rather than going down the drain.

As for the length & water temperature factors, I’ve found that heating the bathroom to be warmer than the thermostat temperature, by turning on a ceramic fan space heater ahead of time, accomplishes a number of things for me:

  1. It dries out the air in the bathroom, leading to less condensation on windows, mirrors, etc.

  2. It puts me in a warm space, where I can comfortably turn the shower to a lower temperature, and get in and out faster.

This approach reminds me of one of the earliest posts I encountered on Low-tech Magazine, outlining localized heating options that heat the immediate space around a person rather than the entire available space in the structure.

Combining a low-flow shower head or mist shower with a warmer bathroom might be even more efficient, though I have some reservations about the long-term effects on the structure from the mist shower. I find that warming the environment the shower is in helps greatly, too.

Ryan Shepard

The link to let Görgen know we’re interested looks to be broken.

Joshua Spodek

I predict that future generations will look at rain showers not with envy at the self-indulgence but with disgust at lack of compassion for others.

Mist showers look like a way forward. It’s refreshing to have a consistent source of perspective and paths forward that isn’t just putting the word “green” or “recyclable” on it so they can sell more.

J.M.C.S.

Reading the finishing paragraph of this article, I suddenly realized why the problems of using mist showers sounded so familiar (requires higher temperature, etc): I, and other campers, have been taking “mist showers” for a while now. We use pressurized garden sprayers to do so.

In fact, when I moved to my current apartment last winter and we didn’t yet have electricity, the problem of the temperature become sharply evident :). In the end we took sponge baths for a while.

Another alternative for showering: Solar (consisting of a black plastic bag and a nozzle) camping showers. The 12 liters ours hold are way more than enough for my partner and me to get clean, and the pressure is all gravity produced. We just need to plan our showers a bit carefully and lay the bag in the sun to warm up.

Kelly

Sounds interesting, I may give it a try. Unfortunately your recommended water temperatures would present an obstacle in the USA, where we have been told that any temperature above 49C will strip the flesh right off of your bones. As a result our building codes require installation of valves which limit water temp to 49C or lower.

kris de decker

I did some research about the legionella risk. Turns out that it is a problem for showers in general. Research in the UK found the bacteria in one third of shower. Infection rates are rising across the world as more people take showers rather than baths. So yes, please take elementary precautions with mist showers, as they produce more airborne particles than conventional showers (legionella infects the respiratory system).

Most importantly, your boiler should be clean, have decent plumbing, and keep the water at the recommended minimum temperature. But this does not entirely exclude the risk. Showers, taps and wash basins can became contaminated if they are not used for a while (depending on the temperature). It is advised to clean shower heads (and thus nozzles) regularly, and to flush out taps and showers (or nozzles) for several minutes if they have not been used for a while.

http://www.hse.gov.uk/healthservices/legionella.htm

https://www.nchasia.com/en-hk/nch-insights/industry-news/how-to-prevent-legionella-in-showers

https://blog.hydrosense-legionella.com/legionella-in-showers

https://www.iosh.com/media/2629/legionella-liam-cook-qatar-september-2017.pdf

Seems like legionella is another reason to stop showering and go back to the sponge bath.

Steve

Interesting article as always, this looks like a promising technology. Just thought I’d offer some information on an alternative:

Our household uses a combination of a pump shower, a solar oven with a black bucket inside, a lightweight roof fitted to the top of the shower to increase thermal comfort and an electric kettle for back up heating.

This system is highly portable, delivers solar hot water for renters (who can’t modify a building) and uses 12 litres per person per day for a comfortable 5 minute shower. Wrapped in a blanket, a 10 litre bucket of sun heated water only loses 1 degree Celcius per hour.

Energy wise, we use 0.3kWh per person per day if the water is exclusively heated with an electric kettle or roughly 0.15kWh a day as there is enough sun in our region in South East Australia to meet half our shower hot water needs with the solar oven. Obviously, we can drop this further if we choose to shower ever second day.

You can see photos and a more thorough description at: http://smartrenting.org/solar-hot-water-for-renters/

Juan Marcos

Great idea, great analysis ! At least in Spain water mist systems are frequently installed in “terrazas” (open air bars); these have been associated to an increased risk of airborne transmission of Legionella. When I built my own thermal solar system here in Brussels, I was advised to 1. keep the water temperature of my solar water tank well above the temperature required for a shower (Legionella will not survive 90 degrees) and 2. let the water run before taking a shower after coming back from holidays. May I suggest an update of the text taking into account this potential risk ?

John A

Great article as always!

I have pointed this out to my familiy as well in the past. My family is 1 wife, and 2 daughters. They all have long hair, they all shave in the shower. A mist shower is simply not powerful enough to rinse long hair of soap and conditioner. A combination of the 2 might be a win.

Thanks for your valuable insights!

Andy

Is soap necessary or healthy?

Several years ago my daughter told me she didn’t use soap as she had read on a beauty website that this was bad for the skin. I tried it and haven’t used soap since. Well only for washing my hands if they get dirty grease from the car.

It makes sense. Your body makes oil to put on the skin and then we use a poisonous chemical(soap) to wash it off. Your body then goes into overdrive to replace it. If you try it you will find you actually smell less.

I also stopped using chemicals(deodorants) to stop me smelling. The smell emanating from your armpits is caused by dead bacteria so I kill the bacteria using lemon juice. I simply take a piece of skin from an already squeezed lemon and rub it in my armpits. The effects last about 3 or 4 days, after which the bacteria start to recover and you need to do it again. Don’t do it everyday as it will start to irritate the skin. Unfortunately it doesn’t give you a nice lemony smell. There is just no smell at all. I presume vinegar would also work but haven’t tried it.

Rafael Ospino

Jim Baerg - No, there is no safe lower temperature, and the safe disinfection temperature is 90 degrees Celsius. 25 to 50 degrees is the optimal cultivation temperature range. Below 25 it just grows more slowly. And the dirtier the water, the greater the risk. The only method to make a shower like the one described completely safe is to flush water with a temperature of 90 degrees with all nozzles covered with plastic bags in order not to allow the formation of aerosols. The flushing must continue until all parts of the construction have reached 90 degrees.

This procedure is the correct one for all type of showers, not only mist showers.

Please Jim, do not trivialize the risk. Even if Legionella is fatal for only 10-20% of the cases many of the survivors are subjected to lifelong suffering, including risk for paralysis.

In warm countries it is vastly safer and water saving to leave a water of bucket in the sun and then just scoop it over you. That will produce very little or none of the lethal mist or aerosols.

Thanks for informing about the outdated info on Wikipedia. I shall correct it as soon as possible.

Jim Baerg

“If eight billion people used a five-nozzle mist shower, all wind turbines in the world could still only provide two billion people with a daily hot shower.”

But most of the worlds population lives in the broad band either side of the equator where there is enough sunlight even at the winter solstice to make solar water heating practical.

Re: Legionella

The Wikipedia article on the bacterium says that keeping water cooler than 25 °C or hotter than 51 °C, is one way to make sure Legionella dies.

Josephine Ferorelli

This brings to mind another shower-style that is more common in water-scarce places, the bucket shower. No special equipment needed: bucket, cup, and appropriate location. I showered this way consistently when I was traveling in North India: when I was lucky, a guest house would be able to deliver a hot bucket. I guess it’d be a tougher sell than something based on familiar hardware, but I found that I quickly got used to it, and even when ambient temperatures were pretty low, a bucket of hot water was enough to feel warm, clean and cozy. Especially in a small, enclosed space. Hair rinsing was easy, and the water stayed hot for the full length of the project. Much depends on how you heat it, I suppose.

Best, and thanks for your ongoing project,

Josephine

JuliusJ

Hey

Thanks for the article. There is one technical detail in the beginning. Please prove me wrong, but when i calculate the energy needed to heat 76.5 liters of water from 18°C to 38°C, i get another result. I approximate the density of water with 1kg/l, the temperature difference is 20 Kelvin and the heat capacity of water is roughly 4.2 kj/ (kg*K).

So 76.5 kg * 20 Kelvin *4.2 kj /(kg *K) = 6.426 *10^3 kJ

1kWh = 3600 kJ, so i divide the result by 3600 and get 1.785 kWh, approximately 1.8 kWh. You wrote that it would be 2.1 kWh, so i wonder where is the mistake.

Sigrid

Hello,

Thank you for posting this article. It is quite timely considering the recent droughts in the western USA. In 2015, Washington State experienced a severe drought. I was amazed and shocked to see Lake Cle Elum, also a reservoir, reduced from a large lake with waves in a brisk breeze, to a narrow stream with “dust bowls”. The state and municipalities asked residents to voluntarily reduce water use 10% or face mandatory restrictions. Seattle residents reduced their water use 15% in response.

Deciding to do our part, we switched the washing machine and dishwashers to the quick cycles already on the machines and discovered that nearly everything came clean just as well as with longer cycles.

We also switched to low flow shower heads, and I substituted sponge baths for showers 3-4 days per week. My skin became less dry, an unexpected benefit of showering less.

We saved water from sinks and bathing to flush the toilets, and waste water from the washing machine to water landscape plants, although not vegetables for food safety. I hooked up the effluent hose from the washer to a rain barell, attached a water hose to the tank and watered plants while the machine was running.

The result is that we dropped our household water use by 45%. Our water bill also dropped by 40%, so we saved a lot of money. We have maintained these conservation efforts since then and I estimated that we have saved enough water to fill an Olympic swimming pool and several thousand dollars. We did this with no change in available technologies and no drop in quality of life. We did not imagine that conservation alone could do so much!

Thanks again,

Sigrid

Ruben

I am super excited about this, because I have been collecting parts to experiment with mist showers (which along with an enclosed shower stall, should be a very lovely experience).

As for rinsing, I have been basing my thoughts on the common shower valve that is used to switch between the wall-mount showerhead and a handheld. In this case, it would switch between wall mount for rinsing and mist for long warmth.

djargo

great article!

never knew about sponge bath, will give it a try. been using the navy shower, though i didn’t know it was called that.

mist showers are such a cool idea, very fitting that it was fuller who built the first.

if they become widespread (as they should), sewage systems will need a serious overhaul because they are designed around higher water usage. they will be damaged in their current state.

https://www.watereducation.org/western-water/californians-save-more-water-their-sewers-get-less-and-thats-problem

it is also a known problem when upgrading an old house with new water-saving equipment, but keeping old drain piping.

there is a minimum amount of water needed to reliably transport solid matter (e.g. shed skin) and a certain amount of hot enough water to prevent grease buildup (e.g. from soap).

what kind of solutions exist for this?

karl

A few years ago my water heater failed. To get warmed water, I put a black plastic bucket into a large clear plastic bag. It worked. A few days later I built a plywood box with a clear plastic cover. I put castors under it to ease aiming it to the sun. It worked much better.

To see this assembly, go to Gary’s www.builditsolar.com web site and look at the water heating section where he has an article about this water heater.

4 gallons of heated water was more than enough to pour over me and get clean.

Sylvain

I don’t spend 8 or 9 minutes with the water running. When wet, I stop water and apply real soap. Then I rinse myself. It must be 2 or 3 minutes with the water running.

Shower gel are made to be applied with the water running and so are made sticky. Then shower gel needs much more water than the soap to get rid of it.

IMHO shower gel are a nonsense. Most of it goes to the drain without producing any washing effect. It is a waste of resource.

Sylvain

Jörgen

no, i don’t believe in it. maybe we just stop being under the shower so long. i tried the spray several years ago. and like they said. you need to boost up the temperature a lot. if you move a lot in the shower like me, the difference between too hot (like they said 50°) and good enough are bigger than in a normal shower. definitely the ones that are on the sides of the shower.

maybe a recovery system would be more something i believe in. which can partly reuse the temperature of the water running away in the drain. or even the water itself.

no, i don’t believe in the spray. small chance of breakthrough in my eyes.

Vicente Baca

It seems like the “Navy shower” has about the same efficiency, does not require new hardware, and does not incur the risk of bacterial infections.

I intend to make this my routine now. Thank you for introducing me to it.

finn

Thanks for the article! Reminds me of our garden pressure sprayer, that you can easily charge by hand. I’ll give it a try at my next shower :)

https://www.agritek.de/haus-und-hof/gloria-prima-5-druckspruehgeraet_981003_3254

zanetta

Just don’t take a shower everyday. The more you wash your skin and hair the more they suint sebum. If you stop to take shower everyday, they adapt themself after a short time of 1 month maybe. I personaly take 1 shower every 3 days or after sports. My transpiration smell is also lighter. If I don’t take shower as while camping holiday for more than 3 days I don’t smell. If necessary and for more comfort you can make a sponge cleaning. The best way to save money and energy is to question needs before technology.

Mario Stoltz

Hello Danica (28),

I guess the classical bits of advice would be:

  • consider “sink bathing” in the shower stall

  • get as close to the floor as you can - this will limit the range of spills. In many countries in the middle east, people wash on short-legged stools for this reason (sitting about 20cm or 8in above the floor). This also means that you will take your water from a bucket or a washing bowl, not the sink itself

  • make a few trials with how strongly you wring your washcloths out before you use it on your body. It does not have to be dripping-wet to clean your skin.

James Newton

One thing he did NOT cover was using a heat exchangers to recover heat from the drain water to help warm the incoming. I can also tell you that Navy showers work very very well. And if you have a nice blast of warm /air/ on you, they are quite comfortable. Heating air is far more efficient.

Danica

I’d love to switch to primarily sink-baths, BUT one thing I can’t figure out is how to do it without getting water all over the floor and annoying my housemates. I could lay a towel down and then mop up the floor with it afterwards, but it wouldn’t dry in time to use the next day (my regular shower towel is always still slightly damp the next day, so a towel that had absorbed more water wouldn’t dry at all). I’d have to use a new towel every day, and at the end of the week I’d have a whole extra load of musty towels to wash and dry, which is more water and electricity than 2-3 showers.

There has to be a better way to do it without getting water everywhere, but it seems to be one of those things that was such common knowledge at the time that no one wrote down how to do it, and now no one remembers. I can’t find a description of how to properly sink-bathe with minimal mess anywhere, except to do it outdoors where the water just falls on dirt - not very helpful. Has anyone else troubleshooted this and figured out how to do it?

Mike A

Too complicated for me. I prefer a daily sponge bath with a barely damp washcloth: face, neck, armpits, and crotch. And then a weekly shower with a ‘Navy’ type shower head, which lets you wet down, then easily stop the flow to soap up, then restart the flow to rinse. I take less than 30 seconds to wet down, and no more than one minute to rinse. So maybe 12 to 15 litres max per week

My big waste of water and energy is with shaving. I use much too much hot water there. Which is why I only shave once a week, but I’m retired so can get away with it. Never found an electric razor that gives a clean shave. I’m 76 and have been looking for a good one most of my life.


  1. van Thiel, Lisanne. “Watergebruik thuis 2013.” TNS NIPO, Amsterdam (2014). ↩︎ ↩︎

  2. Shove, E. A. Comfort, Cleanliness and Convenience: the Social Organization of Normality. Berg, 2003. ↩︎ ↩︎ ↩︎

  3. Hitchings, Russell, Alison Browne, and Tullia Jack. “Should there be more showers at the summer music festival? Studying the contextual dependence of resource consuming conventions and lessons for sustainable tourism.” Journal of Sustainable Tourism26.3 (2018): 496-514. ↩︎ ↩︎

  4. Hand, Martin, Elizabeth Shove, and Dale Southerton. “Explaining showering: A discussion of the material, conventional, and temporal dimensions of practice.” Sociological Research Online10.2 (2005): 1-13. ↩︎ ↩︎ ↩︎

  5. Se for utilizada electricidade, as emissões de CO2 resultantes de um duche são de 0,621 kg na Europa e 0,921 kg nos EUA. [Resumo da produção e utilização de electricidade na Europa. Agência Europeia do Ambiente, criada em 2017, actualizada em 2019]. [Assessing the evolution of power sector carbon intensity in the United States, Greg Schivley et al, 2018]. Se for utilizado gás, as emissões de um chuveiro variam entre 0,462 kg (para caldeiras a gás novas) e 0,714 kg (para caldeiras mais antigas). Pegada de carbono da produção de calor, casas do parlamento. ↩︎

  6. Water conservation and the mist experience, 1978. ↩︎ ↩︎